Atuar de forma preventiva para melhorar a gestão dos recursos públicos evitando desvios. Essa deve ser uma das funções dos Tribunais de Contas, segundo o ministro Augusto Nardes que está em Belém para um encontro com prefeitos, deputados e executivos do setor estatal. Ontem, Nardes visitou o diretor-presidente do jornal DIÁRIO DO PARÁ Jader Filho e falou sobre a importância de divulgar o conceito de governança: maior controle, por parte da sociedade, dos gastos feitos por governadores, prefeitos, ministros, secretários de Estado, entre outros. “Estamos fazendo um trabalho preventivo no sentido de orientar os gestores”, disse, dando como exemplo as auditorias em conjunto que estão sendo feitas em áreas estratégicas como Saúde, Educação e Meio Ambiente. “As pessoas estão indo para as ruas porque não têm transporte, saúde, educação dignos. Precisamos orientar os administradores a tomar decisões levando em conta os riscos”, afirmou ao entregar a Jader Filho um livro com estudo feito sobre o meio ambiente.
Nardes que é relator das contas da presidente Dilma Rousseff no
Tribunal de Contas da União (TCU) referentes ao ano passado criticou o
que chamou de falta de sincronia entre as políticas estaduais,
municipais e federais. Um exemplo da falta de planejamento adequado,
citou, são as eclusas de Tucuruí que consumiram mais de R$ 2 bilhões e
se tornaram verdadeiros elefantes brancos em razão da não execução das
obras de derrocamento do Pedral do Lourenço. “Em cinco anos, a obra já
teria se pago com a redução do custo com transporte. Há falta de
sequência nos projetos”, disse rechaçando as críticas feitas ao Tribunal
de Contas apontado como um dos entraves ao desenvolvimento da
infraestrutura do País em razão das exigências que costuma fazer em
relação aos projetos.
Sobre as contas da presidente Dilma que receberam parecer recomendando a rejeição, Nardes diz que o Tribunal ainda aguarda a defesa que deve ser enviada em, no máximo, 30 dias. Após esse prazo será dado novo parecer a ser enviado para o Congresso, a quem caberá aprovar ou rejeitar as contas. “Não ajo em meu nome, mas em nome da sociedade”, afirmou o ministro explicando que se mantidas as chamadas pedaladas (atraso no repasse de recursos para bancos e para instituições como o INSS para garantir o fechamento artificial das contas), haverá “prejuízos irreparáveis às contas públicas”.
Sobre as contas da presidente Dilma que receberam parecer recomendando a rejeição, Nardes diz que o Tribunal ainda aguarda a defesa que deve ser enviada em, no máximo, 30 dias. Após esse prazo será dado novo parecer a ser enviado para o Congresso, a quem caberá aprovar ou rejeitar as contas. “Não ajo em meu nome, mas em nome da sociedade”, afirmou o ministro explicando que se mantidas as chamadas pedaladas (atraso no repasse de recursos para bancos e para instituições como o INSS para garantir o fechamento artificial das contas), haverá “prejuízos irreparáveis às contas públicas”.